terça-feira, 11 de setembro de 2012

Jornal mantiqueira divulga petição pública: “Poços de Caldas: diga não à destruição das águas termais!”.

Hoje o Jornal Mantiqueira com reportagem de Julianne Batista destaca a Petição publica:

“Poços de Caldas: diga não à destruição das águas termais!”.



Petição contra paço municipal ultrapassa duas mil assinaturas
JULIANNE BATISTA
redacao@mantiqueira.inf.br

Poços de Caldas, MG, 11/09/12 – Uma petição que colhe assinaturas contra a construção do paço municipal está na internet desde 19 de agosto. Até ontem à tarde (10), menos de um mês após o início da ação, mais de 2.029 assinaturas já haviam sido confirmadas no site da Avaaz, onde a petição está disponível. O documento é denominado “Poços de Caldas: diga não à destruição das águas termais!”.
A ideia de organizar a petição surgiu de um grupo de pessoas preocupadas com a situação da área onde está sendo construído o futuro paço e com a destruição das águas termais. De acordo com a advogada e produtora rural Maria Amália Junqueira Arantes, o maior objetivo da petição é tornar público esse problema que o município enfrenta.
Segundo ela, a petição online serve como forma de pressionar os órgãos responsáveis. “Nossa intenção é divulgar para que o maior número possível de pessoas assinem a petição e saibam dessa realidade. A petição foi criada no mesmo site que aconteceu a ação do Ficha Limpa. É uma pressão popular, o poder da opinião pública”, destaca Maria Amália.
A meta do grupo é alcançar pelo menos 5 mil assinaturas e, então, entregar o abaixo-assinado ao prefeito Paulo César Silva, ao Judiciário e também à Câmara dos Vereadores. A petição também será encaminhada aos deputados, Secretaria de Estado de Meio Ambiente e ao Ministério do Meio Ambiente.
Entre os cidadãos que já apoiaram a petição há muitos que não moram em Poços de Caldas. “Isso é interessante, por isso mesmo estamos divulgando. Até pessoas de fora que imaginam que aqui temos os melhores índices de tudo já estão se conscientizando desse problema”, avalia Maria Amália.
Conforme a advogada explica, existem estudos encomendados pela prefeitura e feitos por institutos geológicos confiáveis que atestam que na região na zona sul não pode haver grande aumento populacional porque é área de recarga de mananciais.
Como já foi amplamente divulgado, caso a área do paço seja concretada não haverá mais espaço para a água da chuva ser absorvida e se tornar potável e termal. Consequentemente, com o passar dos anos, a cidade poderá sofrer com a ausência desse recurso que é o principal atrativo turístico local. “Não adianta falar que é só a construção dos prédios da prefeitura, Câmara e outros órgãos. Certamente, essa estrutura exigirá a criação de lanchonetes, restaurantes e outros estabelecimentos que servirá de apoio a quem trabalhará no paço. A situação só irá piorando”, opina Maria Amália.
Antes de assinar a petição, o internauta encontra a explicação do problema. Segundo consta no site, as águas penetram em um complexo sistema de fraturamento e percorrem uma distância bastante profunda, para aflorar, após longo período, nas fontes que abastecem os balneários localizados no centro da cidade. Além disto, o córrego também é manancial de abastecimento de água potável e a área onde o mesmo se localiza é de recarga de águas pluviais, o que minimiza o impacto das chuvas sobre os bairros localizados a jusante, que sofrem com enchentes. Foi pelas características do córrego e da área de entorno que a mesma foi designada como área de proteção ambiental e, por isso, não é o espaço ideal para acolher o paço.


Como assinar
Para assinar a petição e apoiar a causa, basta procurar por Petição Paço Municipal Poços de Caldas Avaaz nos sites de busca ou acessar o link que tem sido bastante divulgado nas redes sociais.
Só é necessário fornecer um contato de e-mail antes de assinar.









Retorno das obras
No início de agosto, o município conseguiu uma liminar que garantiu o retorno das obras de terraplanagem que estavam suspensas na área do paço municipal.
As obras estavam paralisadas desde maio deste ano, após auto de infração da Polícia Ambiental, que exigia que o município só retornasse os trabalhos no local quando houvesse a licença ambiental. Recentemente, a procuradora geral Márcia Maria Santos Mendes disse que não há nenhum impedimento para que o paço municipal se concretize.

Fonte: Matéria Jornal mantiqueira de 11/09/2012







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